Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu oito mandados de prisão preventiva, nesta terça-feira (25), contra uma organização criminosa que filmava encontros íntimos e extorquia vítimas para não divulgar os vídeos de conteúdo sexual.
Segundo as investigações, os suspeitos usavam um aplicativo de relacionamento LGBT para marcar encontros com as vítimas em hotéis. Cinco pessoas foram presas em Goiás e, até a última atualização, três eram consideradas foragidas em São Paulo.
No hotel, alguns integrantes da quadrilha se escondiam no quarto e no banheiro para filmar os atos sem que a vítima soubesse. Após a relação sexual, os suspeitos ameaçavam, agrediam e exigiam dinheiro para não divulgar as gravações.
“Eles cadastravam perfis falsos nos aplicativos e faziam contato para atrair a vítima”, explicou o delegado-chefe da 5ª DP, Gleyson Mascarenhas. Os principais alvos do grupo eram homens casados, de acordo com a polícia.
Delegado Gleyson Mascarenhas, titular da 5ª DP (Plano Piloto) — Foto: Pedro Alves/G1
Extorsão
Para receber a quantia cobrada, o grupo usava, inclusive, máquinas de cartões de crédito para fazer as transações. Três vítimas registraram boletins de ocorrência em delegacias do DF. Nesses casos, o prejuízo chegou a R$15 mil.
Em outras situações, os suspeitos obrigavam a vítima a sacar dinheiro, transferiam valores da conta corrente por meio de aplicativos bancários ou tomavam empréstimos em nome dela.
“Os criminosos […] ordenavam que as vítimas fizessem saques e transferências de vultosas quantias”, afirmou o delegado.
Até a última atualização, a polícia tinha identificado pessoas lesadas em Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). A operação foi batizada pela PCDF de “Cilada”.