Seis homens, indiciados por estelionato, foram presos pela Polícia Civil do Distrito Federal por não entregarem oscarros de luxos anunciados nos classificados de jornais em 12 estados e também da capital do país.
“Eles anunciavam carros de luxo e, quando o interessado ligava, se apresentavam como juízes e diziam que o veículojá havia sido vendido”, explicou hoje a delegada Cláudia Alcântara, responsável pelo caso.
Segundo a delegada, os golpes se efetivavam quando o suposto juiz indicava comparsas para se passarem por funcionários de concessionárias, que teriam descontos na aquisição de veículos novos.
A quadrilha atuava, principalmente, em São Paulo e no Paraná, e mesmo de longe, tinham acesso a telefones com o DDD de Brasília justamente para não levantar suspeitas e dificultar a investigação da polícia.
De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Especializada, Marcelo de Paula, a polícia pode atuar fora do DF a partir de autorizações judiciais e deixou um recado: “A polícia do DF não enxerga fronteiras em relação à sua atuação”.
Os Golpes
Os crimes eram praticados a partir de anúncios simples em classificados de jornais de grande circulação, nos quais eram oferecidos veículos de luxo novos e semi-novos por preços abaixo dos praticados pelo mercado.
De acordo com a polícia, só no DF foram pelo menos 22 vítimas -uma delas teve prejuízo de R$220 mil-; no resto do país a quadrilha teria arrecado mais de R$30 milhões.
Os chefes da quadrilha foram identificados como Edes Domingues da Silva (Paraná) e Jovêncio Soares de Andrade (São Paulo) – junto com eles atuavam outros oito comparsas e 20 laranjas, totalizando 30 integrantes.
Quatro membros do grupo criminoso ainda estão foragidos -Diego Domingues da Silva, Edylaine C. M. Czumoc, Sidnei dos Santos e Wandderlei Czumoch- e outros 20 respondem aos crimes em liberdade.
Foram apreendidos quatro carros de luxo, R$6.200 mil em espécie, três notebooks, além de diversos aparelhos de telefone.
Se condenados, eles podem pegar de dois a oito anos de prisão pelos crimes de estelionato (1 a 5 anos) e formação de quadrilha (1 a 3 anos).