A previsão da Caesb é concluir as obras da rede de esgoto em Vicente Pires até março do próximo ano, mas a falta de cooperação de alguns moradores tem impedido os técnicos de instalarem as tubulações em 70 lotes e três chácaras, áreas essenciais para a conclusão do empreendimento, que já está 70% pronto.
“A Caesb está pronta para dar sequência às obras de esgotamento sanitário de Vicente Pires, mas, infelizmente, está sendo impedida por dezenas de moradores que não autorizam a passagem de redes e tubulações de esgoto essenciais para a conclusão da obra”, destacou hoje o presidente do órgão, Célio Biavati Filho.
Ainda de acordo com a companhia, os responsáveis pelas casas alegam vários motivos para impedirem a entrada dos funcionários, entre eles o descontentamento com a instalação da rede em seu lote ou a exigência de compensação financeira para a colocação de tubos no terreno.
Os locais de instalação de canos e tubos foram determinados por estudos técnicos, que respeitam regras próprias de uso de materiais e de direção da tubulação.
Essa falta de cooperação dos moradores pode gerar atrasos no calendário e, segundo a companhia, impedir que Vicente Pires consiga de forma definitiva o título de cidade regularizada, como determinam as regras do Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal.
A Caesb emitiu avisos aos consumidores desde o início do ano e fará novas notificações até o fim desta semana. De qualquer forma, o órgão encaminhará um pedido à Procuradoria Geral do DF para que o caso seja levado ao conhecimento da Justiça.
“É importante ressaltar que o sucesso dessa obra depende de todos e que a Caesb tomou as providências necessárias para encontrar uma solução amigável, o que não logrou êxito. A partir de agora, só restará ao GDF tomar as medidas judiciais cabíveis”, reiterou o presidente da Caesb.
Com apenas 70% das obras concluídas, a rede de esgoto ainda não está ativa e, portanto, não pode ser utilizada.
Mesmo assim, alguns moradores têm feito ligações indevidas, o que tem resultado em trasbordamento de resíduos pelas ruas da cidade, o que coloca em risco a saúde da própria população.
A Caesb destaca que considerará os atos como ligações clandestinas e que os responsáveis podem ser multados em até R$78.750.
Dúvidas ou outras informações podem ser obtidas pelo telefone 115.