Orçamento prévio divulgado pelo governo inclui depredações em estruturas públicas da Esplanada, como placas, semáforos e paradas de ônibus. Danos nos prédios dos ministérios não estão incluídos.
Os prejuízos ao governo do Distrito Federal causados por manifestantes que depredaram estruturas públicas na Esplanada dos Ministérios durante a manifestação contra Michel Temer nesta quarta-feira (24) chegam a cerca de R$ 200 mil, segundo balanço preliminar do GDF. Gastos dos ministérios não estão incluídos – Advocacia Geral da União pede responsabilização financeira de centrais sindicais.
O governo informou que, somente com equipamentos de sinalização viária – como placas, cones, semáforos e cercas –, o Departamento de Trânsito (Detran) teve prejuízo orçado em R$ 102,7 mil. Bicicletas públicas, paradas de ônibus, placas e a Rodoviária do Plano Piloto também foram alvo de vândalos.
O Detran contabilizou, ainda, 25 placas de trânsito danificadas que precisaram ser substituídas e outras 12 que foram recuperadas no local com o custo aproximado de R$ 14 mil. O levantamento também aponta outros R$ 40,9 mil de prejuízo com reparação ou substituição de seis semáforos e dois controladores, 15 lâmpadas de LED, cinco lâmpadas de alerta para pedestres e dez “viseiras” de semáforo.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/05/24/whatsapp_image_2017-05-24_at_15.20.28.jpeg)
Grupo de manifestantes queima bicicletas públicas durante protesto contra Michel Temer
A Secretaria de Mobilidade informou que 28 bicicletas públicas foram danificadas na Esplanada – sendo 16 danificadas, oito completamente destruídas e quatro queimadas. O prejuízo foi orçado em R$ 42 mil.
A pasta informou que as bicicletas são fornecidas à população por meio de sistema de compartilhamento promovido pela secretaria e custeado por uma empresa privada, sem “qualquer aporte financeiro do GDF”. Segundo o órgão, não há previsão para reposição das bicicletas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/f/E/sAFPP4TdAq8LR66ifpvw/garis-recolhem-vidros-quebrados.jpg)
Garis recolhem cacos de vidro de paradas de ônibus da Esplanada dos Ministérios que foram depredadas durante manifestação contra Temer
Também foram depredadas 11 paradas de ônibus nas calçadas dos Ministérios, que tiveram 62 vidros e 42 lâmpadas quebrados. O GDF informou que a Cemusa, empresa contratada para fazer a manutenção, “está recolhendo o material danificado e trabalhando nos reparos”.
Neste balanço preliminar, divulgado pelo governo, não estão contabilizados equipamentos das forças de segurança do DF. Órgãos como a Companhia Energética de Brasília (CEB) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ainda não haviam finalizado o balanço até a publicação desta reportagem.
Nos ministérios
Alguns ministérios, que tiveram vidros, portas e móveis depredados, passaram por perícia nesta quinta-feira (25) para verificar a dimensão dos estragos provocados por manifestantes. Os mais afetados pela ação dos vândalos foram os ministérios da Cultura e Meio Ambiente, da Integração Nacional e da Agricultura, que foram incendiados.
Câmeras do circuito interno do Ministério da Cultura gravaram a ação de vândalos durante a manifestação.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/y/1/BCiZCBSBAGBBBj9Fiivg/ministerio-cultura.jpeg)
Computadores foram quebrados no Ministério da Cultura
O Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão informou que os prejuízos causados pelas depredações foram orçados em R$ 330.979,31. Somente para vidros com película e espelhos, o custo de reparo será de R$ 110 mil.
Os gastos com móveis devem chegar a R$ 140 mil e a compra de novos computadores vai custar R$ 55 mil. O restante do orçamento inclui persianas, equipamentos de ar condicionado, elevadores, forros e pinturas.
No Ministério de Minas e Energia foram quebrados 31 vidros, uma persiana, um computador e um aparelho de ar condicionados danificados, além de três placas de sinalização arrancadas. O prejuízo foi orçado pela pasta em R$ 19 mil.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/o/Y/xrkXqCTjq7Av5iWZxAYQ/fogo-ministerio.jpg)
Manifestantes que protestam contra Michel Temer colocam fogo no prédio do Ministério da Agricultura, em Brasília