Paralisação começou no último dia 15. GDF não deu detalhes sobre número de escolas afetadas.
Professores Distrito Federal decidiram nesta terça-feira (21) continuar a greve que atinge alunos da rede básica do ensino desde o último dia 15. A categoria reivindica o pagamento da quarta parcela do reajuste salarial, que está atrasada, segundo o Sindicato dos Profressores do DF (Sinpro-DF), desde outubro do ano passado.
Questionada pelo G1, a Secretaria de Educação não soube informar quantas escolas pararam as atividades por conta da greve. A pasta disse também que “tem mantido diálogo constante com os trabalhadores” , mas afirmou que vai entrar na Justiça pedindo a ilegalidade do movimento.
A Secretaria disse ainda que se incluísse os reajustes aprovados na gestão anterior, o impacto nos cofres do GDF seria de R$ 1,5 bilhão, o que inviabilizaria o orçamento do governo.
De acordo com o coordenador jurídico do Sinpro, Dimas Rocha, ‘nenhuma escola pública do DF está funcionando regularmente’ por conta da greve. Ainda segundo Dimas, o governo do DF ainda não apresentou proposta alguma para a categoria, mas ameaçou cortar o ponto dos profissionais que cruzarem os braços.
“O GDF está devendo o pagamento para todos os 36 mil professores da rede. Além disso, temos os professores substitutos que trabalharam em fevereiro e não receberam o pagamento. Ou seja, protestamos por direito. A greve é absolutamente legal”, afirma.
A reunião que decidiu a continuidade da paralisação ocorreu em frente ao Palácio do Buriti e contou com 1,5 mil professores, de acordo com a PM – a categoria afirma que 10 mil pessoas participaram do ato. Rocha, estima que 65% da categoria aderiu ao movimento grevista.
Além do pagamento do reajuste, os professores protestaram contra a reforma da previdência proposta pelo governo federal. “A reforma retira o direito da aposentadoria especial dos professores, impossibilita qualquer trabalhador de se aposentar”, disse Rocha.