Já consagrada no alívio de tosses e dores de garganta, a própolis passou por uma nova prova: será que ela teria algum papel contra a doença renal crônica?Para investigar essa questão, pesquisadores da Universidade de São Paulo recrutaram 148 pacientes com a condição, marcada por falhas nos órgãos que filtram o sangue. Metade da turma tomou a substância na forma de comprimidos diários, enquanto o restante engoliu pílulas sem nenhum efeito terapêutico.
Após um ano, o primeiro grupo apresentava uma menor quantidade de proteína na urina, claro sinal de que os rins estavam funcionando melhor. “Acreditamos que a resina ajude a reduzir a inflamação, um dos gatilhos por trás do problema”, aposta o nefrologista Marcelo Silveira, um dos líderes do estudo. Se os resultados iniciais forem confirmados, é possível que o produto atue como um auxiliar no tratamento, ao lado de outros medicamentos e da hemodiálise.
Mil e uma utilidades
A própolis é utilizada por farmacêuticos desde o século 17
Males respiratórios
Além de lubrificar a garganta, o spray combate as bactérias que causam estragos nessa região.
Infecções
A resina natural tem poder antisséptico e afasta micro-organismos presentes em cortes e machucados.
Queimaduras
Numa experiência preliminar, um gel com esse composto acelerou a cicatrização.
Câncer
Ela passa por pesquisas como terapia complementar contra tumores de mama, fígado, próstata e pulmão.