A Rússia adotará medidas duras para se proteger contra qualquer tentativa de grupos ambientalistas como o Greenpeace de interferir no desenvolvimento de atividades no Ártico, segundo declaração que o presidente Vladimir Putin fez nesta quinta-feira (19).
Putin disse que os ativistas do Greenpeacepresos em um protesto em uma plataforma petrolífera em setembro poderiam estar levando a cabo um plano para minar os esforços russos em desenvolver os recursos energéticos do Ártico, sugerindo que outros governos poderiam estar por trás da ação, sem porém citar nomes.
A declaração do presidente russo ocorre um dia depois de o parlamento russo aprovar um decreto que concedeu anistia a presos por atos de vandalismo e que beneficiou as 30 pessoas presas no país durante o protesto organizado pelo Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico.
O grupo foi preso no dia 19 de setembro e permaneceu detido durante dois meses, primeiro sob a acusação de pirataria e, em seguida, sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança, mas não poderiam deixar o país.
Agora, os 28 ativistas e os 2 jornalistas freelancers que compõe o grupo chamado pelo Greenpeace de “30 do Ártico” aguardam pela documentação que deve ser emitida pelo governo russo para que eles possam sair do país. Faz parte do grupo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que nesta quarta-feira afirmou estar aliviada com a anistia, porém insatisfeita pelo fato de o governo russo não ter reconhecido a inocência do grupo.