Governo do presidente Michel Temer quer que o Senado aprove a reforma trabalhista que veio da Câmara sem alterar o texto
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta segunda-feira que a reforma trabalhista deverá ser votada na Casa na próxima semana e que um requerimento de urgência para a matéria deverá ser analisado pelos senadores na terça.
“Em relação à reforma trabalhista, a definição do calendário é do presidente Eunício. A ideia é que amanhã a gente vote a urgência”, disse Jucá em sua conta no Twitter referindo-se ao presidente da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
“O mérito deverá ser votado na próxima semana. O entendimento será pactuado na reunião de líderes de amanhã (terça)”, acrescentou.
Jucá afirmou ainda que o texto de uma medida provisória que alterará a proposta que tramita no Senado ainda não está fechado e que uma das questões em aberto trata do fim da obrigatoriedade do imposto sindical, que está na proposta analisada pelos senadores e que já foi aprovada pela Câmara.
O governo do presidente Michel Temer quer que o Senado aprove a reforma trabalhista que veio da Câmara sem alterar o texto, pois em caso de mudanças a matéria teria de retornar para o crivo dos deputados.
Temer se comprometeu, no entanto, a editar uma MP alterando alguns pontos da reforma trabalhista, um dos principais pontos da agenda legislativa do presidente, abalado por denúncias de corrupção que colocaram em xeque sua permanência no cargo.
Jucá, que também é presidente do PMDB, disse que o partido deverá escolher um novo líder para sua bancada no Senado na noite de terça, após Renan Calheiros (AL) deixar o posto depois de fazer de uma saraivada de críticas ao governo e às reformas, como a trabalhista.
“Vamos criar um entendimento e aprovar por grande maioria, ou até por unanimidade, exatamente para que o PMDB saia fortalecido”, afirmou Jucá sobre a escolha do novo líder peemedebista.