Em sessão realizada nesta segunda-feira, dois deputados estaduais eleitos em 2014 pelo Rio de Janeiro tiveram seus registros cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral e ficaram inelegíveis por oito anos devido a uso indevido de meio de comunicação social.
Uma delas é Daniele Guerreiro, do PMDB. O TRE-RJ entendeu que ela foi beneficiada por “evidente propaganda eleitoral” em reportagens “claramente tendenciosas” veiculadas a partir de março no jornal semanal Panorama.
A presidente do jornal, Jania Beiruth, e o proprietário, Rogério Santana da Silva, ficaram inelegíveis pelo mesmo período. Rogério é secretário de mobilidade urbana e direitos humanos da cidade de Mesquita, cujo prefeito, Gelsinho Guerreiro (PSC), é marido de Daniele.
O segundo deputado é Roberto Sales Henriques da Silveira (PSD). De acordo com o TRE-RJ, o jornal Repórter publicou, em todas suas edições, “reportagens sobre realizações políticas do parlamentar”, beneficiando sua campanha à reeleição. O jornal circula no noroeste fluminense e ampliou a tiragem, no período eleitoral, de 3 mil para 16 mil exemplares.
Os sócios-administradores da empresa ECS Editora Jornalística, Ebenezer da Silva e Mônica Borgatti, também ficaram inelegíveis por oito anos.
Em ambos os casos, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.