ONG Rodas da Paz pede que Ministério Público assuma o caso do cicloativista Raul Aragão, atropelado em 21 de outubro. Acusado ainda não foi ouvido
A ONG Rodas da Paz protocolou um pedido de acompanhamento ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) do inquérito policial para investigar a morte do cicloativista Raul Aragão, de 23 anos. O documento será entregue pelos pais, amigos e representantes da ONG no órgão às 11h30 desta segunda-feira (6/11). O caso encontra-se na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
No documento, a ONG alega que, após 15 dias do falecimento de Raul, o motorista do carro que o atropelou não foi encaminhado para depoimento na delegacia. Segundo o Rodas da Paz, até o momento, policiais civis ouviram apenas uma das oito testemunhas do acidente. “Sempre que há um caso como o do Raul, em que há atropelamento que resulta em morte, pedimos ajuda do Ministério Público. É estranho que nem o motorista tenha sido encaminhado para depoimento até agora”, disse uma das representantes da organização, Renata Florentino.
Raul Aragão
O cicloativista Raul Aragão, estudante de sociologia da Universidade de Brasília (UnB), pedalava em 21 de outubro próximo ao local onde morava, na 406/407 Norte, quando foi atropelado por um carro. O motorista ajudou no socorro ao jovem e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Raul foi encaminhado para o Hospital de Base de Brasília (HBDF), mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 5h do dia seguinte. O rapaz que conduzia o carro, um jovem de 18 anos, passou por teste do bafômetro no local. O etilômetro, porém, apresentou resultado negativo para embriaguez. O corpo de Raul Aragão foi velado em 23 de outubro, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.