Categoria pede agora aumento de 10%; proposta será levada a associação. TRT realiza paralelamente audiência de conciliação com as empresas.
Motoristas e cobradores de empresas de ônibus de transporte público do Distrito Federal aprovaram em assembleia nesta quarta-feira (10) uma nova proposta de reajuste: pedem 10% – em vez de 20% – de aumento salarial e 11% – em vez de 30% – no tíquete e plano de saúde familiar. A sugestão será encaminhada à Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos.
As empresas oferecem 8,34% de reajuste nos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Na terça, representantes das cinco companhias que rodam no DF protocolaram no Tribunal Regional do Trabalho um pedido de dissídio da greve. O dissídio acontece quando duas partes não chegam a um acordo sobre uma reivindicação salarial ou outras questões trabalhistas. A audiência de conciliação começou às 10h.
“Ontem nos reunimos com a Abratup [Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos] para apresentar a proposta, e eles ficaram de avaliar. Votamos e aprovamos a proposta agora em assembleia e vamos fazer então qual será o posicionamento das empresas. Se eles aceitarem, a greve acaba”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório.
A paralisação afeta 1 milhão de passageiros em todas as regiões do DF. O sistema de transporte da capital conta com 12 mil rodoviários. O TRT havia determinado que 70% dos ônibus circulassem em horário de pico e 50% no entrepico, mas a ordem não foi cumprida no primeiro dia de greve.
A multa diária por descumprimento da decisão é de R$ 100 mil. Os horários de pico vão de 5h às 9h30, das 11h às 13h e das 15h às 19h30. O salário de um motorista de ônibus é R$ 1.928 e o de um cobrador, R$ 1.008. As negociações com as empresas começaram em abril.