Motoristas e cobradores que trabalham nas linhas de ônibus do Grupo Constantino não saíram dos terminais de Santa Maria e do Gama, no Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (18).
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 400 profissionais decidiram cruzar os braços para pressionar que a empresa os demita e, assim, eles possam ser contratados pela Marechal, que ganhou a licitação para rodar na região, uma das cinco bacias que compõem o novo sistema de transporte público do DF. Ainda não há informações sobre o número de passageiros atingidos nem sobre quantos veículos vão deixar de rodar.
O acordo feito com o Ministério Público era que as empresas que não vencessem a licitação para continuar na região em que já circulam demitissem os funcionários. Os rodoviários seriam, então, contratados pelas novas responsáveis pelo transporte. Responsável pelas empresas Planeta, Satélite e Cidade Brasília, o Grupo Constantino diz não ter dinheiro em caixa para dar baixa nas carteiras. Também afirmou não ter previsão para regularizar a situação.
De acordo com o sindicato, entre as razões para a reivindicação dos trabalhadores está o fato de a maioria dos rodoviários morarem em Taguatinga e em Ceilândia, ficando mais próxima ao local de trabalho.
Morador de Santa Maria, Daniel Oliveira afirmou que os passageiros ficaram revoltados. “Pararam e não avisaram. A população está revoltada”, disse. “Está chovendo muito.”A paralisação começou às 4h.
A concorrência pelo transporte público do DF foi dividida em cinco bacias. Ao todo, 3 mil novos ônibus devem estar nas ruas até o final de fevereiro. A previsão do governo é que 700 veículos entre os 3.900 da frota atual permaneçam em operação.
(Foto: Ilustrativa)