Comitê de transição tem como objetivo facilitar a transferência de governo. Composição não tem poder decisório e será indicada por Rollemberg.
Campeão nas urnas com 55,56% dos votos, o governador eleito no Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) disse que começa nesta segunda (27) a definir os membros que irão integrar o comitê de transição do governo. Pelos próximos dois meses, a composição será responsável por coletar informações relativas à atual gestão e facilitar a transferência de um governo para o outro. A expectativa é que a criação do comitê seja anunciada no meio da semana no Diário Oficial do DF.
A equipe será nomeada por pessoas indicadas pelo governador eleito e terá salários pagos pelo GDF. Apesar de começar os trabalhos de interlocução entre governo e equipe sucessora imediatamente, o time não terá poder decisório. Qualquer decisão que seja tomada antes de dezembro terá de passar pelo aval do governador em exercício.
Rollemberg afirmou que vai se reunir com o partido e com colaboradores ainda nesta segunda. “Vou ouvir a Executiva do partido e os colaboradores mais próximos para iniciar a transição. Recebi um telefonema do governador colocando o governo à disposição para fazer a transição, aprofundando a democracia no nosso país e fazendo isso da forma mais tranquila e harmônica. O que está em jogo é o interesse da população do Distrito Federal.”
Na manhã de domingo, o governador Agnelo Queiroz afirmou que, independentemente de quem saísse vencedor nas urnas, daria todo o apoio durante o governo de transição.
Dívida
Em seu primeiro pronunciamento como chefe do Executivo, Rollemberg afirmou na noite de domingo (27) que uma das primeiras medidas a tomar será equilibrar as contas do GDF, que tem um déficit de mais de R$ 2 bilhões.
“A situação do DF é realmente muito difícil. Existe um déficit já assumido pelo atual governo e publicado no Diário Oficial de R$ 2,1 bilhões. Nós vamos estudar agora com a transição, tendo acesso a todos os dados do DF, quais são as medidas que nos permitirão equilibrar financeiramente o DF. Sabemos que o DF tem uma dívida a receber em torno de R$ 20 bilhões, queremos fazer uma renegociação desta dívida para que possamos receber parte dela já no ano que vem”, declarou.
Por telefone, a assessoria do GDF negou a existência da dívida. “Durante o governo de transição, o governador eleito vai ter oportunidade de conhecer todos os dados, números, com relação a quanto o GDF arrecada e quanto gasta com pessoal, custeio e obras. Nesse momento ele vai perceber que não existe déficit”, disse o secretário de Comunicação, André Duda.
Segundo turno
Rollemberg venceu o oponente, Jofran Frejat (PR), com 55,56% dos votos no segundo turno. Entre as propostas dele estão a adoção do turno integral em todas as escolas públicas, a redução do número de secretarias de governo, a implantação do bilhete único para transporte coletivo e a escolha de administradores regionais por meio de eleição.