‘Temos certeza de que a resposta terá efeito doloroso’, disse vice-chanceler.
A Rússia responderá às novas sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra funcionários e empresas russas, afirmou nesta segunda-feira (28) o vice-ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Riabkov.
“Certamente vamos responder”, declarou Riabkov. “Temos certeza de que esta resposta terá um efeito doloroso para Washington”, completou.
O diplomata ressaltou que o anúncio feito pelo porta-voz da Casa Branca “causa repugnância”.
“O texto demonstra uma total incompreensão do que acontece na Ucrânia por parte dos sócios parceiros em Washington. É um espelho deformado da política externa e não uma atitude responsável perante um problema”, precisou.
Na sua opinião, “os Estados Unidos perderam todo o sentido da realidade e optaram conscientemente pelo agravamento da crise”.
A Rússia considera que, com esse tipo de medida, Washington dá carta branca às forças que não estão dispostas a dar passos a favor da federalização, como exigem os pró-Rússia do leste do país, e acredita que levarão à Ucrânia a “novos confrontos”.
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda a imposição de novas sanções contra sete cidadãos russos, integrantes do governo, e 17 companhias ligadas ao presidente russo, Vladimir Putin. As sanções são as mais recentes contra o país em meio à intervenção russa no leste da ucrânia.
Segundo a Casa Branca, os sete cidadãos afetados – dois deles integrantes do círculo mais íntimo de Putin – estão sujeitos ao congelamento de seus bens nos EUA e foram proibidos de entrar no país.
Um dos sancionados é Igor Sechin, presidente da petrolífera estatal Rosneft, considerado um aliado próximo de Putin. Os outros nomes da lista são Oleg Belavencev, Sergei Chemezov, Dmitry Kozak, Evgeniy Murov, Aleksei Pushkov e Vyacheslav Volodin.
Outro importante diplomata russo também criticou duramente a nova rodada de sanções dos Estados Unidos nesta segunda, dizendo que as medidas são ilegítimas e não civilizadas e que as restrições dos EUA às exportações de alta tecnologia da Rússia marcam um retorno às práticas da Guerra Fria.
“Nós condenamos firmemente a série de medidas anunciadas na tentativa de colocar pressão com sanções sobre Moscou”, disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov em comentários publicados no site do ministério.
“Sanções extraterritoriais unilaterias são, por natureza, ilegítimas. Elas não apenas falham em corresponder às normas de interação civilizada entre Estados… elas contradizem as exigências do direito internacional”, afirmou Ryabkov.
Fonte: G1