A possibilidade de precipitações no sábado é de 30%. Já para o domingo, a expectativa é de 70%. Ventos fortes também vão amenizar o calor, que vem batendo seguidos recordes de temperatura
A temperatura máxima no Distrito Federal deve continuar acima dos 32°C ao menos até o fim de semana. A boa notícia é que há uma forte possibilidade de chuva sábado ou domingo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que também prevê ventos acima de 50 km/h. Neste mês, os termômetros da capital alcançaram recordes históricos: no dia 15, fez 37,5°C, maior temperatura da história. A madrugada do dia 16 atingiu 22,3°C, a mais quente de todos os tempos.
Ontem, o Inmet emitiu um alerta de perigo para algumas regiões do Centro-Oeste, incluindo o DF, por causa da baixa umidade – com uma variação de 12% a 20%. Em Brasília, a umidade chegou a 22% às 17h, a hora mais quente do dia, com 33ºC. A instrução é que os brasilienses bebam bastante líquido, evitem exposição do sol e reduzam as atividades físicas diárias.
De acordo com a meteorologista e consultora Ingrid Peixoto, o cenário deve mudar a partir do dia 26, quando as chuvas devem ficar mais regulares. “Estamos começando a observar mudanças nos padrões de atmosfera. No sábado, há uma possibilidade de 30% de chuvas, e, no domingo, essa estimativa aumenta para 70%”, explicou.
A expectativa é que essas chuvas sejam de curta duração, porém, com alta intensidade. “Elas podem vir acompanhas de trovoadas e até queda de granizo, em áreas isoladas”, afirmou a meteorologista.
Este ano, o DF registrou um período de estiagem de 127 dias, terceira maior seca, ficando atrás apenas dos 164 dias em 1963, e dos 130 em 2010. No ano passado, foram 84 dias seguidos sem chuva. “Apesar da regularidade, a gente vai perceber que, de hoje até o fim do mês, as temperaturas ainda estarão bastante elevadas no Centro-Oeste, incluindo Brasília”, comentou Ingrid.
Preparado
Mesmo com o tempo seco e o sol forte, algumas pessoas não deixam de lado as atividades físicas. Mas elas se prepararam para encarar o calor e a secura. É o caso do professor Bruno Ramos, 31 anos, que reveza entre a musculação, jiu-jitsu, futevôlei e ciclismo. “Quando posso escolher, faço as minhas atividades quando o sol está mais fraco. Mas, normalmente, encaro qualquer hora mesmo”, afirmou. Para isso, ele passa muito protetor solar e se hidrata bastante. “Levo uma garrafinha para onde quer que eu vá. Antes, bebia pouca água, mas, agora, percebi que meu rendimento melhorou muito”, afirmou.
Para driblar o calor, algumas pessoas chegam a dar uma pausa na rotina para tomar água de coco gelada. Para a estudante Zuleide Costa, 19 anos, o calor pode até desencorajar a sair de casa, já que a sensação térmica a deixa indisposta e com a pressão baixa, mas o ideal é se manter hidratado. “Sempre estou tomando água de coco ou indo à piscina. Pior é ficar em casa. Prefiro sair e pegar um vento”, ressaltou.
Essa é uma escolha de muitos brasilienses. Segundo o comerciante Rayron Jhony, 23 anos, as vendas de sorvete e água de coco aumentaram. “Os clientes sempre pedem água gelada, ou picolé”, afirmou. O quiosque dele, no Parque da Cidade, abre por volta das 14h e fecha depois das 19h. Rayron contou que o maior movimento é a partir das 18h, quando o sol castiga menos.