É a data final para o corregedor Rafael Prudente (PMDB) entregar o parecer que pode autorizar o encaminhamento do processo de cassação contra a parlamentar do PTB para a Comissão de Ética
A semana começa quente na Câmara Legislativa. Em pauta o futuro de Liliane Roriz (PTB), que está nas mãos do corregedor da Casa, Rafael Prudente (PMDB). Encerra nesta segunda-feira (3/10) o prazo para que ele apresente o parecer sobre o pedido de cassação contra a distrital. É dele a palavra final se o processo de quebra de decoro parlamentar seguirá ou não para julgamento na Comissão de Ética da Casa. A filha do ex-governador Joaquim Roriz é acusada de receber apartamentos em Águas Claras em um esquema de corrupção que envolve a concessão de empréstimo por parte do BRB a uma construtora.
O caso de Liliane Roriz ficou engavetado por quase seis meses no Legislativo local antes de ser aceito pela Mesa Diretora, poucos dias antes de o colegiado ser afastado por determinação da Justiça. Ele só começou a andar depois que a distrital entregou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)grampos feitos por ela mesma com a então presidente da Casa, deputada Celina Leão (PPS), sobre um suposto esquema de corrupção que envolvia a troca de emendas parlamentares por propina paga por empresas da área de saúde.
Prudente garantiu à reportagem do Metrópoles que o relatório será entregue nesta segunda, mas evitou falar sobre seu posicionamento. Segundo as denúncias contra Liliane Roriz, seu pai, quando governava o Distrito Federal, teria facilitado a aquisição de empréstimos para uma construtora e recebido, em troca, 12 apartamentos em Águas Claras, que foram distribuídos entre as filhas Wesliane, Jaqueline e Liliane. A distrital nega, embora já tenha sido condenada em primeira instância pela Justiça do DF.
Mesa Diretora
Outro assunto que merece a atenção dos distritais é o destino da Mesa Diretora afastada. A expectativa é que a Justiça julgue, esta semana, o pedido de reconsideração de Celina Leão sobre o afastamento do colegiado, por conta das investigações da Operação Drácon, deflagrada em 23 de setembro, após a entrega dos grampos de Liliane Roriz.
A solicitação está, a pedido da Justiça, sob consulta do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O órgão havia pedido prazo de 60 dias para o afastamento dos cinco distritais da Mesa. Além de Celina, foram atingidos Julio Cesar (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Bispo Renato (PR).
Por conta das denúncias de um suposto esquema de propina, os integrantes da Mesa foram alvos de mais de 11 representações de quebra de decoro parlamentar. Os processos, entretanto, estão suspensos por determinação da presidência da Casa até que o MPDFT apresente, ou não, denúncia contra s distritais.