Transferência ocorre após ação de despejo que obriga o GDF a desocupar o prédio. Mudança deixou servidores insatisfeitos
A unidade do Na Hora em Sobradinho vai suspender temporariamente o atendimento à população a partir de sexta-feira (10/6). A medida é fruto de decisão judicial acerca de cobrança de parcelas atrasadas do aluguel. Foi determinada a devolução do imóvel. Cinquenta servidores que atuam no local serão transferidos para o posto de atendimento da Rodoviária do Plano Piloto, onde o público continuará tendo acesso aos serviços. Outros cinco vão para o de Taguatinga e um para o de Ceilândia.
A Secretaria de Justiça e Cidadania afirma que tem em curso um plano de reestruturação e modernização do Na Hora. De acordo com a proposta, no prazo de até quatro meses, será inaugurada uma unidade de atendimento em Sobradinho, com melhorias na infraestrutura física e de pessoal. Ainda de acordo com a pasta, ela servirá de agência modelo. Hoje em dia, cerca de mil atendimentos são prestados diariamente na região.
“A proposta é iniciar por Sobradinho e levar gradativamente o padrão de qualidade às outras unidades do DF”, afirma o secretário de Justiça e Cidadania, Marcelo Lima. O novo endereço será decidido nos próximos dias. Há três propostas em análise. Há no Distrito Federal outras cinco unidades, além da de Sobradinho: Ceilândia, Gama, Riacho Fundo I, Rodoviária do Plano Piloto e Taguatinga.
Entenda o caso
Em maio deste ano, o posto do Na Hora de Sobradinho recebeu uma ação de despejo pela falta de pagamento do aluguel desde janeiro de 2013. A Justiça determinou que o prédio fosse desocupado em 45 dias, prazo que acaba no dia 18 de junho.
Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania, a inadimplência ocorreu porque o imóvel, cujo aluguel foi firmado em 2012, não dispunha da documentação completa exigida para contratos dessa natureza com o Estado. Também por essa razão, o contrato não podia ser renovado.
A decisão do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios também sentencia o Governo do DF a pagar a dívida no valor de R$ 692 mil. A Procuradoria-Geral do DF entrou com recurso questionando o montante do valor devido e aguarda o julgamento final do caso. (Com informações da Agência Brasília)