Daniel Veras de Melo é enfermeiro e diretor do centro de saúde 11. Esquema teria ocorrido em 2014, quando ele era gerente de hotelaria.
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Um servidor da Secretaria de Saúde do Distrito Federal foi preso no fim da manhã desta terça-feira (26), na terceira fase da operação Checkout que investiga fraude na compra de macas e leitos para a rede pública de saúde.
A prisão é preventiva e faz parte da ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público.
Daniel Veras de Melo é enfermeiro da secretaria e foi levado para a sede do MP. Atualmente, ele é diretor do centro de saúde 11, com salário de R$ 13 mil líquido. Daniel também ocupou outros cargos de destaque no GDF, entre eles, o de subsecretário de atenção à saúde e o de gerente de hotelaria da secretaria, na gestão de Agnelo Queiroz.
Os investigadores afirmam que “há provas contundentes de um grande e sofisticado esquema criminoso que foi montado na gerência de hotelaria da Secretaria de Saúde, que foi comandada por Daniel Melo em 2014”.
Hospimental
Segundo a denúncia, ele e outros servidores direcionaram licitações em troca de propina e vantagens ilegais. Os promotores afirmam que Daniel e a mulher viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, com tudo pago pela empresa hospimetal, que venceu uma licitação.
Os promotores alegam que a prisão é necessária para evitar que Daniel continue com o esquema, esconda ou destrua provas. Antes da operação desta terça, os investigadores já tinham encontrado os processos de compras escondidos na casa do servidor.
Além de Daniel, o MP também ofereceu denúncia contra os servidores Diogo Vieira Chagas e Elaine Reuber e contra Wilian Donizete de Paula, dono da hospimetal. Eles são investigados pelos crimes de fraude a licitação, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e falsidade ideológica.
A Secretaria de Saúde respondeu que não possui mais contrato com a Hospimental e que está disponível para cooperar com as investigações. Já a empresa informou que colabora com as investigações.
Buscas no Hran
Na segunda fase, deflagrada em fevereiro, as buscas ocorreram no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Guará e em uma empresa de turismo em São Caetano do Sul, São Paulo.
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De acordo com o Ministério Público, o esquema teria sido montado dentro da Gerência de Hotelaria de Saúde para direcionar a licitação e favorecer a uma das empresas investigadas na primeira fase da operação, deflagrada em junho de 2018.
Segundo a investigação, o esquema teria ocorrido em 2014 e envolvido também funcionários de empresas privadas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Grande parte do material comprado foi abandonada nos galpões da secretaria.
Fonte G1