Funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal usaram um caminhão para fechar o acesso à sede da empresa na manhã desta segunda-feira (19), primeiro dia da greve da categoria. Eles pedem reajuste salarial de 18% e criticam a gestão da companhia, alegando que há sonegação de dados. Já a Caesb disse que não teve sucesso nas negociações e informou que vai entrar na Justiça para questionar a paralisação.
Diretor do sindicato, Paulo Bessa afirmou que 30% dos 2,5 mil servidores vão permanecer trabalhando. “Nós entregamos uma pauta de reivindicações com várias cláusulas, e eles ignoraram. Não houve discussão. Nossos maiores questionamentos são sobre a gestão da empresa. E, em relação ao reajuste, a proposta deles é de 0%, o que fica abaixo da inflação.”
A greve foi aprovada em assembleia na última semana e vai durar por tempo indeterminado. A categoria disse que vai manter funcionários em todas as áreas e que, por causa dos terceirizados – que não aderiram à paralisação – os impactos serão minimizados.
A Caesb disse, no entanto, que algumas seções, como a de tratamento da água, não podem trabalhar com número reduzido de servidores. Esse é um dos temas que a empresa levará à Justiça, exigindo que 100% dos funcionários que atuam nessa parte trabalhem.
A companhia também informou que, diferentemente do que o sindicato alega, já forneceu reajuste de 6% ao longo deste ano, que seria suficiente para cobrir a inflação. De acordo com a empresa, a ideia é discutir medidas eficientes para melhorar a situação financeira, já que atualmente cerca de 50% da arrecadação – aproximadamente R$ 1 bilhão – é gasta com o pagamento da folha de pessoal.