O Shopping JK, na Avenida Hélio Prates, entre Taguatinga e Ceilândia, no Distrito Federal. O shopping, do ex-governador e empresário Paulo Octávio, abriu mesmo sem ter conseguido o “Habite-se”, documento que atesta que o empreendimento está de acordo com a legislação.
Segundo a empresa, o autorização para funcionar não foi emitida porque o processo, que estava na administração de Taguatinga, foi apreendido pela Polícia Civil. O empreendimento foi alvo de operação da polícia por suspeita ter tido a construção autorizada por servidores da administração após pagamento de propina.
O empresário Paulo Octávio nega envolvimento com irregularidades e diz que todos os empreendimentos da empresa dele estão dentro da legalidade.
“Nós protocolamos pedido de Habite-se essa semana. Conseguimos todos os alvarás da CEB, da Caesb, do Corpo de Bombeiros. Só falta o papel, que certamente será fornecido, imagino, na segunda-feira”, disse o empresário.
No dia 7 deste mês, a Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram a chamada “Operação Átrio”, que prendeu temporariamente os ex-administradores de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, e de Taguatinga, Carlos Alberto Jales. Eles são suspeitos de terem participado de um esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás de empreendimentos imobiliários no DF.A corporação também chamou 12 pessoas, entre elas servidores e empresários do setor de construção civil, como o ex-governador Paulo Octávio, para prestar esclarecimentos. A polícia apura se eles “fomentaram a corrupção ou foram extorquidos”. Segundo o delegado, os administradores envolvidos solicitavam vantagens de vários tipos, inclusive financeira.