Anderson Silva não quis citar nominalmente Vitor Belfort, mas fez questão de comemorar a decisão da Comissão Atlética de Nevada – seguida pela Comissão Atlética Brasileira de MMA – de banir a terapia de reposição de testosterona (TRT), artifício que era utilizado por Belfort. Com a proibição, o carioca teve de desistir de disputar o cinturão dos pesos-médios contra Chris Weidman – algoz do Spider em duas lutas – e dar o seu lugar para Lyoto Machida, no UFC 173, no dia 24 de maio, em Las Vegas. Ao ser questionado se a boa fase de Belfort, que vinha de três vitórias contundentes por nocaute, poderia ser explicada pelo uso de TRT, Anderson Silva respondeu:
– Isso você precisa perguntar para ele. A minha opinião sobre o TRT é que se você precisa fazer a reposição é porque você está velho para fazer o tipo de esporte que está praticando. É muito de cada um, de cada atleta. Eu acho que não é justo com os atletas que não fazem reposição lutar contra um atleta que faz a reposição hormonal. Isso é uma coisa que precisa ser questionada – afirmou Anderson, de 38 anos de idade, um a mais do que Belfort.
Em São Paulo para uma série de compromissos, o ex-campeão peso-médio do UFC falou sobre outros relevantes assuntos em entrevista ao Combate.com . Depois de assegurar que ele está se recuperando bem da fratura na perna esquerda, mas só vai voltar a lutar em 2015 e não se vê mais lutando pelo cinturão, o Spider disse que Lyoto Machida tem tudo para vencer Chris Weidman e conquistar o cinturão.
Ele também comentou que não desistiu de fazer uma luta de boxe contra Roy Jones Jr, e deixou no ar a chance de ele encarar o canadenseGeorges St-Pierre, ex-campeão peso-meio-médio que deu uma pausa na carreira por tempo indeterminado. O astro também aproveitou a ocasião para pedir que o UFC promova a esperada luta entre a brasileira Cris Cyborg e a americana Ronda Rousey, campeã do peso-galo feminino.