Nenhum dos moradores sabe explicar como Jonathan veio parar aqui. No século 17, os navios costumavam transportar centenas de tartarugas, muitas delas que serviam de refeição aos marinheiros.
Nas ilhas Galápagos, 200 mil tartarugas teriam sido abatidas para servir como refeição.
A pergunta que intriga todos é: como Jonathan escapou deste destino?
Uma hipótese é que o governador da ilha na época, Hudson Janisch, tenha adotado a tartaruga como animal de estimação.
Desde Janisch, 33 governadores já passaram por aqui, e ninguém quer ter a má-sorte de ver Jonathan morrer durante o seu mandato.
O atual mandatário, Mark Capes, diz que é importante que Jonathan seja “tratado com respeito, atenção e carinho, que ele merece”.
Uma foto de 1882 já mostra Jonathan em tamanho adulto. Esta espécie leva 50 anos para crescer ao seu tamanho pleno.
Caso ele realmente tenha 182 anos, Jonathan teria perdido por uma década a chance de “conhecer” Napoleão, que morreu em 1821 – pouco mais de dez anos antes do nascimento de Jonathan, que, segundo a estimativa, teria sido em 1832.
Os anos de “assédio” dificultaram ainda mais a vida de Jonathan. Turistas costumam fazer o possível e o impossível para conseguir registrar uma imagem do animal. Hoje em dia, foi organizada uma fila para que os turistas possam – de longe – fotografar Jonathan.
A tartaruga tem seus privilégios. Ela ganha carinho no pescoço e recebe bananas, repolho e cenouras para comer. Ele costuma comer com tanta ferocidade que uma vez quase perdeu parte de um dos dedos. Por isso, foram colocadas luvas em suas patas.
Tartarugas desta espécie podem viver até 250 anos. Os moradores da cidade já têm um plano especial de “funeral” para o caso de sua morte. O casco de Jonathan será exposto permanentemente em Santa Helena. Alguns estão até arrecadando dinheiro para criar uma estátua de bronze de Jonathan.
(Foto: Jonathan em 1882 já em seu tamanho adulto)