A Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e o Corpo de Bombeiros informaram na manhã desta quarta-feira (16) que subiu para 35 o número de mortos após a tempestade da tarde de terça (15). O Corpo de Bombeiros ainda não tem ideia do número de desaparecidos.
A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta-feira (16) . Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível.
Pontos de Acolhimento
Esses locais recebem doações e abrigam desalojados:
Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
Escola Estadual Augusto Meschick
Escola Municipal Alto Independência
Escola Municipal Ana Mohammad
Escola Municipal Doutor Paula Buarque
Escola Municipal Dr. Rubens de Castro Bomtempo
Escola Municipal Duque de Caxias
Escola Municipal Governador Marcello Alencar
Escola Municipal Odette Fonseca
Escola Municipal Papa João Paulo II
Escola Municipal Rosalina Nicolay
Escola Municipal Stefan Zweig
Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus
Quadra do Boa Esperança Futebol Clube
Salão Paroquial da Igreja São Paulo Apóstolo
Cidade sob a lama
Com o dia claro, era possível ver o tamanho da devastação — embora, em muitos locais, fosse difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua.
Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
O Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Um vídeo mostrou o momento da queda.
Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.
“A situação é quase que de guerra. Vimos carros pendurado em poste. Carro virado de cabeça para baixo. Muita lama e muita água ainda”, descreveu.
Segundo Castro, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, deve ir à cidade na próxima sexta-feira (18). “Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros”, disse.
Castro afirmou que “as sirenes funcionaram perfeitamente”. “Tanto que a tragédia não foi maior porque as sirenes funcionaram.”
“Mas foi uma tragédia de uma hora para outra, com uma quantidade de chuva raramente vista: 200 milímetros em duas horas é uma quantidade absurda e infelizmente, não teve como salvar todas as pessoas”.
‘Muita gente chegando em óbito, cheia de terra, de várias idades’, relatou um médico em um pronto-socorro.
“Estamos passando por uma situação de extrema gravidade, e direcionamos todos os esforços para garantir o socorro da população”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.
Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuavam no atendimento da população e recuperação da cidade.
“Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.
Pontos de apoio
A Prefeitura abriu todos os pontos de apoio para o acolhimento da população de área de risco.
“Em geral, essas estruturas funcionam em escolas e neste momento, há atendimentos nas localidades do Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora. Ao todo, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura, que direcionou para as unidades profissionais da Saúde, Educação, Agentes Comunitários, além da Defesa Civil”, disse o município.
Pitoco é resgatado do alto de montanha de lama em Petrópolis — Foto: Reprodução/TV Globo
Carros deformados no leito de rio em Petrópolis — Foto: Reprodução/TV Globo
Moradores do Morro da Oficina observam a retirada de mais um corpo dos escombros da região, em Petrópolis — Foto: Reprodução/ TV Globo
Carros foram levados pelo temporal em Petrópolis, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo
Local atingido pelo desmoronamento de terra no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Alexandre Kapiche/g1
Área onde houve queda de barreira com vítimas foram soterradas no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Lucas Machado/g1