A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, desde a manhã desta terça-feira (18), 36 mandados de prisão e outros 36 de busca de apreensão contra uma organização suspeita de crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e roubos de celulares em grandes eventos de Brasília.
Entre os detidos, está uma terceirizada da própria PCDF. A investigação, batizada de Gomorra, apontou que Letícia Marques, de 26 anos, acessava o sistema da polícia para repassar informações ao grupo. O G1tenta contato com a defesa dela.
Ela trabalhava no administrativo da 9ª DP, no Lago Norte, e, segundo a polícia, é prima de um dos chefes do esquema (entenda abaixo).
Os mandados foram cumpridos em endereços de Sobradinho I e II, Planaltina, São Sebastião e Paranoá. Nos locais, agentes da 13ª DP (Sobradinho), responsável pela operação, apreenderam sete armas, sendo cinco espingardas.
Além disso, também foram encontradas drogas, uma balança de precisão, dinheiro e celulares nas casas dos suspeitos. A última atuação do grupo foi em shows do Funn Festival, em Brasília.
Informações privilegiadas
De acordo com a polícia, a funcionária da corporação e os integrantes do esquema são investigados há oito meses. Ela é prima do chefe da organização, identificado como Alessandro Malgaco, de 25 anos.
A suspeita é de que Letícia Marques acessava o sistema da polícia para repassar informações privilegiadas à organização criminosa. Ela foi presa em casa, em São Sebastião, e levada para delegacia de Sobradinho.