O grupo de alimentação e bebidas teve alta de 2,25% em abril, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), que estabelece uma prévia da inflação oficial do país. Depois do segmento de transportes (3,43%), esse foi o setor com a maior alta identificada no mês.
A alta foi impulsionada pelos preços dos alimentos para consumo no domicílio (3%). Os destaques ficaram com o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16 ponto percentual no resultado do mês.
Outros produtos importantes na cesta de consumo dos brasileiros, como a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%), também tiveram altas expressivas, de acordo com o IBGE.
Já a alimentação fora do domicílio em abril (0,28%) desacelerou em relação a março (0,52%). Enquanto a refeição passou de 0,25% em março para 0,45% em abril, o lanche seguiu movimento inverso, passando de 0,92% para 0,07%.
Maior alta desde 1995
No quarto mês do ano, o IPCA-15 teve alta de 1,73%, ante 0,95% registrado em março. Essa foi a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (27/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o cálculo do IPCA-15, foram comparados os preços coletados entre 17 de março e 13 de abril de 2022 (referência) com os valores vigentes entre 12 de fevereiro e 16 de março de 2022 (base). O indicador faz referência às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Fonte: Metrópoles