Quase 13 mil alunos vindos da educação privada vão estudar em escolas públicas em 2017. Número total de inscritos também subiu quase 40%.
A Entrada de alunos da educação privada na rede pública dobrou em 2017, segundo a Secretaria de Educação do Distrito Federal. De acordo com a pasta, 12.769 fizeram a transferência para o ano letivo de 2017 – enquanto em 2016, foram apenas 6.130. O número total de inscritos também aumentou quase 40%. Foram 40.767 inscritos para o ano letivo de 2017, quase 16 mil a mais do que no ano anterior.
Para o subsecretário de Planejamento da Secretaria de Educação, Fábio Pereira de Souza, esse aumento na migração do privado para o público foi causado por vários fatores. “Muitos pais informam aumento de mensalidades, algumas escolas particulares têm fechado, e houve uma melhora na educação pública”, disse.
De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe), quatro escolas privadas tradicionais do DF fecharam as portas em 2016. No entanto, segundo o presidente da entidade, Álvaro Domingues, essa mudança de cenário vem ocorrendo desde 2015 e não tem uma única causa.
“De fato existe uma crise macroeconômica que atinge as escolas privadas de forma direta. Porém, além dessa mudança no mercado, a inadimplência no pagamento das mensalidades, que ficava em torno dos 4%, chegou a triplicar em 2016. Isso também influencia”, disse.
Atualmente existem 503 escolas particulares credenciadas no DF, que atendem cerca de 180 mil alunos, segundo o Sinepe.
Para garantir vaga
Os 17.266 estudantes que procuraram vagas na educação básica da rede pública foram contemplados, segundo o governo. Para concluir o processo e assegurar a matrícula, todos devem comparecer às secretarias das escolas com a documentação exigida, que varia de acordo com o nível de ensino.
Na educação infantil, é preciso apresentar tipagem sanguínea; original e cópia da certidão de nascimento; duas fotos 3×4; comprovante de residência; e cópia do cartão de vacina. Além disso, deve-se levar o RG e o CPF dos pais. No caso dos ensinos fundamental e médio e da educação de jovens e adultos (EJA), são necessários também o título de eleitor para os maiores de idade e a declaração provisória de matrícula ou declaração de histórico escolar.
Quem não conseguiu fazer a inscrição ou efetivar a matrícula precisa procurar as instituições de ensino em 24 de janeiro, quando serão divulgadas as vagas remanescentes.