O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (13) que a confusão entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra com policiais militares em Brasília durante uma passeata nesta quarta-feira (12) foi motivada por “um erro de informação”.
Durante uma marcha pela reforma agrária que reuniu 15 mil pessoas, houve enfrentamento entre integrantes da passeata e policiais na Praça dos Três Poderes, resultando em 32 pessoas feridas – 30 PMs e dois integrantes da marcha.
Em pelo menos três momentos, o Batalhão de Choque da PM chegou a jogar bombas de gás e dar tiros de borracha na direção dos sem-terra. Manifestantes arremessaram objetos contra os PMs, que, acuados e em menor número, se concentraram na frente de um ônibus do movimento.
“A PM teve uma informação que não sei de onde veio que o ônibus do MST estava com porretes que poderiam ser usados contra a polícia. O comandante, que não vou criticar porque ainda não falei com ele, tomou a decisão de fazer um grupo da PM entrar na multidão para trancar o ônibus”, afirmou Carvalho.
“Foi um erro de informação. O que estava lá dentro eram cruzes para serem expostas em frente ao Palácio do Planalto. Isso fez com que ocorresse de fato um grande problema.”
O ministro defendeu o MST e afirmou que uma cena muito mais grave foi evitada “graças à maturidade da organização do movimento, que fez um cordão de isolamento entre a PM e os manifestantes”. “Os próprios PMs foram protegidos pelo próprio MST. O movimento demonstrou que quando uma manifestação tem uma pauta clara as coisas podem ocorrer sem grandes problemas.”