Embora a programação internacional já tenha acabado, os últimos três dias de eventos contam com alternativas locais e nacionais
A 18ª edição do Festival Cena Contemporânea termina neste domingo (3/9). Ao todo, foram 22 apresentações teatrais realizadas em diversos palcos da cidade. Até lá, porém, ainda restam onze peças e performances previstas para ocorrer.
Embora a programação internacional já tenha acabado, os últimos três dias de eventos contam com boas opções de peças locais e nacionais. O Metrópoles selecionou três apresentações que valem a pena serem assistidas. Confira:
“Vaga Carne”
A peça mineira traz um solo da atriz Grace Passô, conhecida por seus trabalhos em “Contrações” e “Sarabanda”. Em sua narrativa, uma voz errante resolve, pela primeira vez, invadir um corpo de mulher e, a partir dessa experiência, narra o que sente.
O espetáculo inaugura o Projeto Grãos da Imagem, que reúne peças em torno de temas identitários. A peça estreou no Festival de Curitiba de 2016. Dentre os prêmios e indicações que o trabalho recebeu, estão APTR, Prêmio Shell RJ e Prêmio Cesgranrio.
No sábado (2/9), às 20h, no Teatro Sesc Newton Rossi (Ceilândia), e no domingo (3/9), às 19h e às 21h, no Teatro Sesc Garagem (913 Sul). A peça é gratuita em Ceilândia e custa entre R$ 20 e R$ 10 na Asa Sul. Duração: 50 minutos. Classificação indicativa 14 anos.
“DNA de DAN”
Talvez esse seja o trabalho mais polêmico do festival. O artista paranaense Maikon K foi detido após fazer essa mesma performance no Museu Nacional Honestino Guimarães por estar nu. A encenação ocorre dentro de um ambiente inflável criado pelo artista Fernando Rosenbaum.
O público poderá entrar nesse espaço e lá permanecer. Num primeiro momento, o performer mantém-se imóvel enquanto uma substância seca sobre seu corpo.
No sábado (2/9), das 17h às 21h, no Museu Nacional (Esplanada dos Ministérios, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto). Entrada franca. Duração: 240 minutos. Classificação indicativa 16 anos
“A Moscou! Um palimpsesto”
Palimpsesto, segundo o dicionário, é um tipo de pergaminho medieval que permitia apagar e reescrever informações. A obra escolhida para a transformação é “As Três Irmãs”, texto clássico da dramaturgia russa, escrito por Anton Tchekhov. Encenada pela primeira vez em 1901, a obra apresentou ao público três irmãs habitantes de um vilarejo russo que sonham em voltar para Moscou, onde nasceram, mas sempre adiam o projeto.
No sábado (2/9), às 21h, e no domingo (3/9), às 20h, no Teatro da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul). Ingressos entre R$ 20 e R$ 10. Duração: 90 minutos. Classificação indicativa 14 anos