Pesquisadores da Unesp desenvolveram uma goma de mascar com microrganismos probióticos microencapsulados que inibe a formação da cárie. O projeto foi objeto da tese de doutoramento da pesquisadora Nadiége Dourado Pauly-Silveira, orientada pelo professor Elizeu Antonio Rossi, pelo programa de pós-graduação em Alimentos e Nutrição da FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas) da Unesp em Araraquara.
Atualmente, o mercado oferece chicles e gomas de mascar não cariogênicos, isto é, sem adição de açúcares, mas não anticariogênicos como se apresenta a nova tecnologia. Segundo Rossi o diferencial é que as gomas que não possuem açúcar simplesmente não contribuem para o desenvolvimento da cárie, uma vez que os carboidratos são substratos para as bactérias causadoras da cárie.
— O nosso produto combate a principal bactéria causadora da cárie: o streptococcus mutans
A goma desenvolvida pelos pesquisadores da FCF também não contém açúcares.
Qualquer indústria produtora de goma de mascar poderia fabricar o produto anticariogênico, uma vez que o microrganismo microencapsulado entraria apenas como mais um ingrediente da formulação. Portanto, teoricamente não haveria a necessidade de grande reformulação no processo de produção.
O pedido de patente da tecnologia foi depositado pela Auin (Agência Unesp de Inovação).
— Nossa expectativa é que essa proposta seja incorporada por alguma empresa da área farmacêutica ou mesmo de alimentos e que possa ser colocada no mercado.