A universitária Natália Ribeiro dos Santos que se afogou no Lago Paranoá tinha mordidas e arranhões, segundo a família que reconheceu o corpo da jovem de 19 anos no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta terça-feira (2). A Polícia Civil do Distrito Federal trata o caso como afogamento.
A mãe da universitária discorda da polícia e diz que a filha sabia nadar. Segundo ela, Natália – que era estudante de letras na Universidade Paulista (UNIP) – “tinha muitos sonhos”.
“Quero que a justiça seja feita. Minha filha estava a dois anos de se formar. Com a cabeça cheia de planos.”
Natália desapareceu no domingo (31), durante um churrasco no Clube Almirante Alexandrino, que pertence à Marinha. Os amigos disseram que viram a estudante com um rapaz, perto da água, mas só perceberam o sumiço dela na hora de voltar para casa.
Na segunda-feira (1º), durante a tarde, os bombeiros encontraram o corpo dentro do lago, na mesma
região onde foi vista pela última vez, no Setor de Clubes Norte.
Bombeiros resgataram corpo da universitária Natália Ribeiro Costa do Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação
Testemunha
Na segunda-feira, o rapaz que esteve com Natália pela última vez foi levado à delegacia, onde prestou depoimento na condição de testemunha, segundo a polícia. Aos agentes, o jovem disse que não conhecia a universitária e que se aproximou dela no local.
Ele contou ainda que foi mordido pela vítima ao dizer que “tinha namorada”. Segundo o jovem, depois de saber que ele era “comprometido”, Natália se afastou e seguiu para o lago até que ele a “perdeu de vista”.
O rapaz afirmou que, depois disso, chamou um carro de aplicativo e foi para casa, acompanhado da namorada.
Câmeras de segurança
A delegacia que investiga o caso recolheu as imagens das câmeras de segurança do clube Almirante Alexandrino, mas não passou detalhes. O clube disse que está contribuindo com as investigações e que o grupo usava uma churrasqueira alugada por um sócio.
Em nota, a Polícia Civil informou que as pessoas ouvidas até agora são consideradas testemunhas e que não há autor ou preso no caso. “As investigações prosseguem com coletas de provas e no aguardo de laudos periciais”.
Sonhava conhecer o mundo
Uma menina alegre, simpática e comunicativa. Era assim que os amigos conheciam Natália.
“Eu nunca vi ela brigando com ninguém.”
Corpo de Natália Ribeiro dos Santos Costa, de 19 anos, foi encontrado nesta segunda-feira (1º) no Lago Paranoá — Foto: Arquivo pessoal
A mãe de Natália disse que a filha gostava de aproveitar os fins de semana.
“Ela sempre saia no fim de semana para algum lugar. Era uma pessoa alegre.”
Em entrevista ao G1, uma das amigas confidenciou que a jovem tinha a meta comprar um carro ainda este ano e inclusive comentou sobre o desejo no domingo – dia do desaparecimento. A amiga também disse que universitária “sonhava conhecer o mundo”.