A cobertura não é completa, a vacina experimental tem proteção parcial em crianças pequenas. Mas já é uma esperança, pois, segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), a malária causa a morte de 435 mil pessoas por ano, a maioria crianças com menos de cinco anos de idade em países africanos.
Os primeiros testes, feitos entre 2009 e 2015, mostraram que houve uma redução da malária em 39% em crianças vacinadas com idades entre 17 meses e cinco anos. O número não é o ideal, mas as autoridades afirmam que a vacina combinada a uma série de medidas protetivas (como uso de telas mosquiteiras e repelentes) pode ter boa eficácia.
Além de proteger parcialmente as crianças, a vacina também se mostrou eficiente em reduzir a necessidade de transfusões de sangue em 29% – a malária provoca uma anemia muito forte e, na maioria dos casos, é preciso transfusão.
O Malaui será o primeiro país a receber a vacina, mas logo Quênia e Gana também receberão. A vacina, dada em quatro doses, entra para o calendário oficial desses países e deve ficar por três anos, quando haverá uma avaliação dos resultados. Se tudo se sair como o esperado, a vacinação será ampliada.
A responsável pela vacina é a farmacêutica GSK, que doou 10 milhões de doses para este teste.