Imunização contra difteria, tétano e hepatite não foi repassada pela União. Ministério diz que fornecimento é irregular e sugere agendamento de doses
Vacinas obrigatórias para gestantes e recém-nascidos estão em falta há meses nos hospitais públicos e postos de saúde do Distrito Federal. A Secretaria de Saúde reconhece a falta de estoque para imunizar os pacientes contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B, por exemplo.
“Aí, a gente pensou que era só no hospital e foi atrás, mas não tem. Falta em todos os lugares em Brasília”, diz a mãe. A falta da imunização foi anotada no documento da criança.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que possui zero doses das seguintes vacinas: hepatites A e B, antitetânica, DTP (difteria, tétano e coqueluche), DT para gestantes e infantil e soro antirrábico.
Segundo a pasta, os insumos são repassados pelo Ministério da Saúde e os estoques para hepatite e DTP devem ser restabelecidos até o fim do mês. Para as outras imunizações, não há nem previsão de entrega.
Também em nota, o Ministério da Saúde afirmou que os atrasos são “pontuais” porque algumas vacinas não estão disponíveis para compra e têm produção irregular. O órgão recomenda que as secretarias locais agendem a vacinação e diz que distribuiu 1,2 milhão de doses da vacina contra hepatite B aos estados, em outubro.
Vacina importante
O comentarista de saúde da TV Globo e médico Luiz Antônio Silva afirma que essas vacinas são importantes e não podem ficar em atraso. Os prazos estabelecidos no calendário de vacinação são específicos para cada fase do recém-nascido e da gestante.
“É uma vacina que precisa ser feita imediatamente. Por exemplo, se nasceu uma criança cuja mãe tem hepatite B, ela não pode esperar paa fazer essa vacina. Tem que ser imediata”, diz o médico.