O chamado “inverno cripto” continua fazendo vítimas pelo mundo inteiro, e chegou a vez da China, que nunca mostrou nenhum tipo de simpatia pelas criptomoedas, dar a sua opinião. Na quarta-feira (23), a publicação oficial da mídia nacional chinesa alertou aos seus leitores que o Bitcoin pode chegar a zero, em uma tentativa de desestimular o uso do ativo no país.
O tom do Economic Daily foi claramente apocalíptico. Entre acusações ao Ocidente, por manipular conceitos pseudotecnológicos, o jornal sentenciou: “No futuro, quando a confiança dos investidores entrar em colapso ou quando países soberanos declararem o Bitcoin ilegal, ele retornará ao seu valor original, que é totalmente inútil”.
Enquanto planeja o lançamento de sua própria moeda digital – o yuan digital chinês (e-CNY) – o governo de Pequim pegou pesado com as criptomoedas: em julho do ano passado, proibiu totalmente a mineração de Bitcoin no país e, em setembro, proibiu qualquer tipo de transação com criptoativos.
Especialistas discordam
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Em um tom bem mais ameno do que o discurso sinistro dos chineses, o Banco da Inglaterra (BoE) parece estar vendo algo positivo na crise atual das criptomoedas. O vice-governador da instituição, Jon Cunliffe, afirmou à Bloomberg que as empresas do setor que conseguirem se manter de pé podem ser consideradas os “players dominantes” quando as coisas mudarem.
Otimista, porém cauteloso, o executivo britânico disse que, “aconteça o que acontecer nos próximos meses com os criptoativos, espero que a tecnologia criptográfica e as finanças continuem. Existe possibilidade de grandes eficiências e mudanças na estrutura do mercado”.
Enquanto isso, mais ao sul e do outro lado do Atlântico, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que adotou o Bitcoin como moeda legal no país desde o ano passado, divulgou um tweet claramente negacionista, no qual afirma que as pessoas deveriam “parar de olhar para os gráficos e aproveitar a vida”.
Por Cointelegraph / TecMundo