Campos do Jordão — O ministro da Educação, Ricardo Vélez, disse nesta sexta-feira que não vai entregar o cargo e que não conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto, após o presidente ter sinalizado possível demissão do auxiliar.
“Não vou entregar o cargo”, disse Vélez a repórteres durante participação em evento com empresários promovido pelo Lide em Campos do Jordão (SP).
Em café da manhã com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro disse que deve tomar uma decisão sobre o Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira, 8. “Na segunda, vamos resolver a situação do MEC”, disse. “Está bem claro que não está dando certo, falta gestão. Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita”, afirmou o presidente.
As declarações indicam que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez pode ser demitido. O ministro enfrenta sucessivas crises desde o início do governo e viu um aumento do desgaste nas últimas semanas com uma série de demissões.
“Insustentável por quê? A única coisa insustentável é a morte”, declarou Vélez ao falar sobre a sua situação no posto de comando do MEC. A respostas veio diante da insistência de jornalistas após o presidente Jair Bolsonaro indicar que demitirá o ministro na próxima segunda-feira, 8.
“Pergunta a quem de direito, a quem falou isso”, respondeu Vélez sobre sua possível demissão.
Apoio
Vélez pediu apoio de empresários e os convocou para “dialogar” com ele e sua equipe no órgão. As declarações de Vélez Rodríguez foram feitas no 18º Fórum Empresarial Lide, realizado em Campos do Jordão (SP). Ele participa de mesa com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
Na sua fala introdutória, Vélez culpou gestões anteriores pela situação da Educação no Brasil e disse que “há muito sendo construindo no âmbito burocrático e administrativo atualmente”.
Ao falar sobre o ensino básico, Vélez disse que “algo já deveria ter deveria ter sido feito e o quadro é resultado de anos de descaso”.
Vélez citou ainda as experiências dos Estados do Pará, Pernambuco, Rondônia e Maranhão na melhoria da qualidade do ensino básico.