As vendas do varejo cresceram 0,9% em abril frente a março, na série com ajuste sazonal, conforme dados divulgados, nesta sexta-feira (10/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto aumento consecutivo do indicador na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), mas o menor percentual desde janeiro, mostrando desaceleração das vendas no ano.
Os quatro meses de 2022 foram positivos na PMC, mas apresentaram trajetória decrescente, passando de 2,4%, em janeiro, para 0,9%, em abril, e de acordo com os dados do IBGE, o desempenho é desigual nas atividades pesquisadas. Mesmo assim, o comércio varejista está 4% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Na comparação com abril de 2021, o crescimento no volume de vendas do comércio foi de 4,5%. Nos primeiros quatro meses do ano, o setor registrou avanço de 2,3% e, nos 12 meses acumulados, alta de 0,8%. A média móvel trimestral do indicador foi de 1,2%. As receitas do comércio apresentaram crescimento de 1,3% no quarto mês do ano, de acordo com o órgão subordinado ao Ministério da Economia.
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o indicador apresentou aumento no volume comercializado de 0,7% frente a março. Em relação ao mês de abril de 2021, o varejo ampliado cresceu 1,5%, terceira alta consecutiva. No ano, a expansão foi de 1,4% e, no acumulado em 12 meses, de 2,2%.
Conforme os dados do IBGE, quatro das oito atividades do varejo ficaram positivas em abril na comparação mensal. Tiveram desempenho positivo os setores de móveis e eletrodomésticos, com alta de 2,3%; tecidos, vestuário e calçados (1,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Na contramão, diante da escalada da inflação que continua em dois dígitos desde setembro de 2021 encolhendo o poder de compra da população, as vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registram queda de 1,1%. O segmento de combustíveis e lubrificantes recuou 0,1%. Enquanto isso, o comércio de livros, jornais, revistas e papelaria encolheu 5,6%. O setor de vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação desabou 6,7%.
No varejo ampliado, tanto a atividade de veículos, motos, partes e peças quanto de material de construção registram quedas nas vendas de 0,2% e de 2%, respectivamente.
Revisão
O IBGE revisou os dados da PMC de março, elevando de 1% para 1,4% o crescimento no volume de vendas divulgado em maio na comparação com o mês anterior. O comércio varejista ampliado apresentou alta de 0,1% em vez de 0,7% anteriormente divulgada.
Fonte: Correio Braziliense