Vigia alertou que homem estava armado, mas nenhum objeto foi encontrado com ele. Agressão ocorreu em frente à sala de triagem do hospital de Santa Maria.
Um vigilante do Hospital Regional de Santa Maria, no Distrito Federal, agrediu o pai de uma paciente que estava aguardando atendimento na noite de domingo (10). A confusão ocorreu na emergência da pediatria.
“O moço foi entrar aí para ver a filha dele, para reclamar, e o guarda deu um tapa na cara dele”, relatou uma mulher que presenciou a cena.
A agressão ocorreu em frente à sala de triagem, quando o pai procurou os funcionários para saber quanto tempo levaria para a filha ser atendida.
“O pai de família chegou do trabalho alterado devido a filha dele não estar conseguindo urinar dentro de quatro dias. Aí ele nervoso, como todos nós ficamos, ele foi tomar satisfação do porquê da demora. Aí o segurança inexperiente chegou por trás e deu um tapa no rosto do rapaz”, relatou outra testemunha.
De acordo com a Polícia Militar, o supervisor da segurança do hospital ligou para a polícia com a justificativa de que o pai da criança estava armado – o que não foi constatado pelos policiais.
“Foi informado para a gente que no hospital tinha um elemento armado, e o pessoal estava se sentido coagido. Mas não foi constatado que não tinha arma, não”, declarou o sargento José Crispiano.
Os PMs encaminharam o pai, o segurança e testemunhas à delegacia. A suspeita é de que o supervisor da segurança tenha realizado uma falsa comunicação do crime. Todos foram liberados da 20ª DP após assinarem termo de compromisso para comparecer à Justiça.
Em nota, a direção do Hospital Regional de Santa Maria ressalta que “preza pela humanização do atendimento e respeito ao cidadão e servidores”. A direção destaca, ainda, que está apurando os fatos de forma minuciosa.
A Secretaria de Saúde informou ainda que, de acordo com informações preliminares, o pai da paciente da pediatria chegou a chutar a mesa e cadeira de um consultório. O vigilante que teria tentado intervir foi agredido e a Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos.
Demora no atendimento
No hospital, as queixas sobre demora são constantes. Uma mãe contou ter ficado nove horas esperando para o filho ser atendido.
“Cheguei às 3h40 e já é meia-noite. Estou saindo agora do hospital. Agora que meu filho foi atendido. É porque é receita amarela. Então é urgente. Ele está com pneumonia”, afirmou a mãe.
Fonte G1