Dois generais do serviço de segurança nacional foram demitidos pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sob suspeitas de traição.
A dispensa foi formalizada nesta quinta-feira (31/3). Foram removidos dos postos o chefe-geral da segurança interna e o comandante da filial da agência na região de Kherson.
“Não tenho tempo para lidar com todos os traidores, mas eles serão gradualmente punidos”, disse Zelensky. Ele não deu detalhes, porém, do que ocorreu.
É a primeira vez, desde o início da guerra, que o presidente ucraniano anuncia demissões de militares envolvidos na defesa do país.
Donbass
“Extremamente difícil”: assim Zelensky classificou a situação na região separatista pró-Rússia de Donbass.
Na noite desta quinta-feira (31/3), em pronunciamento, Zelensly afirmou que a Rússia está reunindo forças perto da cidade sitiada de Mariupol, uma ligação entre a Crimeia e Donbass.
“Haverá batalhas pela frente. Ainda precisamos seguir um caminho muito difícil para conseguir tudo o que queremos”, frisou.
Antes do discurso, o governo ucraniano divulgou um balanço da guerra. Segundo o Ministério da Defesa, as forças russas mataram 148 crianças durante bombardeios e ataques aéreos, dispararam 1.370 mísseis e destruíram 15 aeroportos.
Mais de 10 milhões de ucranianos deixaram suas casas, disse o comunicado do ministério, segundo agências internacionais de notícias.
Mais armas
O governo britânico anunciou que enviará mais ajuda militar letal à Ucrânia para aumentar a defesa contra a invasão russa. A informação foi confirmada pelo ministro da Defesa, Ben Wallace.
Nesta quinta, em pronunciamento, Wallace afirmou que serão doados novos sistemas aéreos, de defesa, baterias de artilharia de longo alcance e contra-ataque e veículos blindados, além de treinamentos.
“Haverá mais auxílio letal chegando à Ucrânia como resultado de hoje. Alguns países apresentaram novas ideias ou ainda mais promessas de dinheiro”, garantiu.
Fonte: Metrópoles