O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou nesta quinta-feira (9/11) que o Metrô e a Companhia Energética de Brasília (CEB) cortem o ponto dos servidores grevistas. As duas categorias interromperam as atividades por pedidos de recomposição salarial, reforço no quadro de pessoal e melhores condições de trabalho. Mesmo diante da ordem, segundo o Executivo, as negociações continuam.
No Metrô, a paralisação começou na manhã desta quinta. A empresa convocou pilotos e gerentes com cargos comissionados para manter 18 dos 24 trens funcionando. A ação garantirá, até o fim do dia, 75% da frota em circulação.
Os funcionários da CEB estão de braços cruzados desde a última segunda (6). Diante da falta de mão de obra, mais de 2.500 pedidos de serviço estavam pendentes. A falta de luz no Distrito Federal e a necessidade de atendimento se agravou devido às fortes chuvas registradas na capital nos últimos dias. O temporal veio acompanhado de rajadas de ventos de 50km/h. A ventania lançou objetos nos cabos energizados, além de derrubar árvores e galhos nas redes de energia.
Reivindicações
Os servidores da CEB reivindicam reajuste de R$ 1,2 mil, recomposição salarial no valor da inflação, aumento de 36% no auxílio-alimentação, além do pagamento de auxílio-transporte, abono e tíquete natalino. A paralisação foi aprovada após assembleia em 31 de outubro. As propostas do GDF são avaliadas pelo sindicato da categoria.
Os metroviários cobram recomposição salarial no valor da inflação e a nomeação de mais de 600 aprovados em concurso. Após a última paralisação da categoria, em 2015, o Palácio do Buriti se comprometeu a cumprir as medidas. No entanto, segundo os servidores, o acordo não foi respeitado.
O GDF, por sua vez, afirma que não há dotação orçamentária para a concessão de reajustes e a nomeação de servidores. Na sexta (10), às 15h, ambas as partes devem se encontrar em audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT10).
Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), Leandro Santos, o corte de ponto é um “discurso pronto” do governo: “Eles não têm como bater o martelo porque depende do tribunal e da negociação. Vamos tentar acertar as coisas na mesa de negociação”, afirmou.
Fonte: Metrópoles